Entre marido e mulher...




Tenho para mim que a melhor maneira de abordar e até resolver, um assunto sério, é pelo humor.

Mas isso não deve nem pode apagar a REALIDADE do assunto em questão, seja ele qualquer for. Até porque, assume contornos muito tristes e reveladores de comportamentos que, em plena sociedade ocidental e repleta de informação, tendem a resistir, cristalizados que estão, no modelo social.

Que fique bem claro que o autor deste texto NÃO SE REVÊ NESTE COMPORTAMENTO NEM NA JUSTIFICAÇÃO DE UM ACORDÃO (onde um Desembargador cita a Bíblia e antigo Código Penal, para atenuar e justificar, a tareia que um homem deu na esposa), pelo que devem abordar esta leitura com espírito aberto, leve, e claro, com sentido de humor próprio de quem consegue rir das suas desgraças.

Porque apesar de cómico, isto é tudo muito trágico.
Boa leitura e melhores sorrisos.


Residir num Sótão permite-nos olhar a realidade de outra perspectiva, e, atentos que somos, não podíamos deixar passar a polémica do momento, sem opinar sobre o assunto.


Contudo, e para que não sejamos apenas fonte de ruído, encarregámos o Alto Gabinete Para a Igualdade e Outros Religiosos Assuntos, de estudar o mediático Acórdão redigido por tão ilustres e Meretíssimas figuras.

Com uma mão na Biblia, e outra na cabeça da piquena que faz aqui as limpezas no Sótão, analisámos e debatemos até à exaustão, mais que a decisão, a fundamentação da mesma. Como é óbvio, somos tementes a Deus e cidadãos respeitadores do Código Civil Portuguez, mas como nem todos somos Santos e muito menos Juizes em causa e casa alheia, vamos restringir a nossa opinião aos Valores Fundamentais do Direito dos Homens e suas companheiras, que é o cerne de toda esta agitação.

Ora então vamos lá analisar fria e racionalmente isto, mas com um ponto prévio:


- Entre Marido e Mulher, não se mete a colher.

Quando muito, um amante e uma moca com pregos, mas tudo o que vá para além disto, deve ser condenado veementemente.

Com este ponto de partida, encaminhamo-nos para o que deve ser regulador de toda e qualquer relação conjugal, que é a Igualdade de Género, Respeito e Amor ao Próximo. Aqui, “Próximo”, leia-se “Marido”, que deve ser o Ser Humano mais próximo da Esposa, que por sua vez, deve ter SEMPRE os Direitos assegurados. Note-se contudo, que Direitos implica Deveres, pelo que é sempre bom lembrar as duas faces da mão, perdão, moeda.

Imbutidos dos Deveres de Cidadania, cabe-nos informar e apoiar pro bono, toda e qualquer vítima das injustiças, desigualdades e violências. Mulheres incluídas. Sendo assim, é nosso dever informar todas as mulheres dos vossos direitos e mandamentos mais fundamentais, que passamos a citar:


1- Amai o Vosso Homem acima e em cima de todas as coisas;
2- Não chamar por ele em vão. Principalmente em dia de bola, ou quando se ausenta em trabalho noite fora;
3- Guardar Domingos e outros dias do Senhor Marido em sua guarda, disponibilizando e satisfazendo todos os seus desejos;
4- Honrar Pai e Mãe. Dele;
5- Não Matarás. Tareias não incluídas;
6- Não atentar contra a castidade. Saias para cima do tornozelo e decotes, são expressamente desaconselhados. Por motivos de saúde, obviamente. Recomenda-se uso de burka como protector solar;
7- Não Roubar e muito menos espiolhar carteiras e telemoveis;
8- Não apresentar queixa nem falso testemunho, principalmente em tribunal;
9- Não desejar o marido das amigas e muito menos cantarolar “Os maridos das outras” de Miguel Araújo, mas é de bom tom, e em nome da saudável convivência, apresentar as amigas ao Marido;
10- Não cobiçar coisas alheias. Se malas, sapatos e carteiras estão nas lojas, é porque já têm dono. 


E pronto, conscientes que estamos todos agora dos nossos direitos e deveres, resta-nos desejar uma harmonia inigualável entre maridos e mulheres, prevenindo assim situações de conflicto e violência que possam despoletar.

Ah... só mais um pequeno conselho. Que foi?! Não somos juízes, não precisam dos meus conselhos?! Essa agora!!! Mas eu dou na mesma e não pagam mais por isso!
- Meninas e senhoras, pela vossa saúde, parem de usar roupa interior toda rendada, cheia de fibras sintéticas manhosas e transparentes!

É que o algodão não engana!

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