Máscaras, fantasmas e outras transparências



Máscara: Origem no latim mascus ou masca = "fantasma", ou ainda no árabe maskharah = "palhaço", "homem disfarçado". - Fonte: Wikipédia


Ser nós mesmos...


Complicado definir o que somos.
Se é que sabemos o que somos... porque o que queremos... ainda é mais difícil.


Use-se ou não a máscara protectora, mas mantenha-se o padrão.
Porque até as máscaras necessitam de um suporte que as mantenha fixas, coladas. Não será a máscara apenas uma extensão do que queremos para nós? Ou apenas... um mecanismo de defesa?


Uns usam-na para projectar uma imagem fictícia, irreal, demasiadamente perfeita... que nem chega a ser a sombra. Até porque a sombra tem contornos originais. Distorcidos, ampliados e sombrios, é certo... mas têm uma referência, uma origem, um principio.


Outros escondem-se na amargura, rodeando-se de espinhos e repelentes. Nestes torna-se fácil confiar. já sabemos com o que contamos: mau feitio atrás de mau feitio, não esperes doçuras. 


E não... não me digas que és transparente.


Ninguém é. 


Somos todos uma cambada de negociadores sociais. Trocamos o sorriso pela aceitação, a etiqueta e o ritual pela integração, a adaptação pela contaminação da partilha.


Ninguém consegue estar isolado muito tempo.

E não me venhas com os eremitas bíblicos e afins, porque se hoje conhecemos sua história, é porque em algum momento eles interagiram, comunicaram e partilharam.

Caiu a máscara do isolamento. 


Uses a máscara que quiseres, ela vai estar presa em algo.
É esse algo que te vai denunciar.


No final... no final só te resta...


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