Fabulator
Tenho para mim que não existe isso de final feliz.
Se terminou, é porque não podia, não tinha condições, era impossível continuar. Voluntária ou violentamente, mas terminado, finitto, game over, ponto e final.
Não há rigorosamente mais nada para além do ponto de chegada, do último registo conhecido. Apenas segmentos de recta anteriores, fases e frases construídas que podemos re-viver ou contar. Mas nunca continuar. Se não consigo prolongar algo que até estava a ser prazenteiro, parece-me triste. Nostalgicamente triste, Quando muito, um final pode ser desejado e até libertador... mas não me parece que exista felicidade nisso.
Apenas alivio.
Talvez tenhamos a sorte de conseguir escolher o momento e as condicionantes do final. Mas isso não fará de nós os carrascos de algo?
Será mais ... confortável, aceitável, deixar que outros decidam até quando faremos parte da história? Ou ainda, fazer parte do elenco de uma novela interminável, com reviravoltas, personagens que entram e saem, e nunca sabemos bem como e quando terminará?
Não sei.
Sinceramente não sei. Talvez sejamos apenas capítulos de um Grande Livro que vamos lendo enquanto existir Luz.
Sim, talvez até estejas a ler isto e a falar da minha história, do meu final...
Permites que te peça algo? Sim?!
Sei que minha história terminará. E isso... deixa-me triste. Mesmo que tenha valido a pena, mesmo que tenha sido muito feliz...
Mas por favor... não me contes o final!
The Story, por Brandi Carlile.
Como provavelmente nunca vos foi contada.
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