Sede - As Longas Noites do Amanhã


Ali estava ela... sentada, nervosa... sem saber lá muito bem o que fazer ou sequer dizer. Tirou as luvas e colocou-as rigorosamente empilhadas.

-"Queres um Martini?", perguntou ele.

-"Sim, Bianco, de preferência". Foi o que lhe saiu, lembrando-se da sugestão de uma revista qualquer... que talvez fosse mais feminino, mesmo que nunca tivesse provado antes. Observou-o abrir a prateleira do bar, o copo retirado num movimento rápido, preciso, confiante. Era um homem decidido. Apenas um copo. Ele não beberia! Sentiu-se envergonhada. -"Você não bebe?" Ele sorriu enquanto afogava a azeitona verde -"Já responderei... um leve de toque de gin, vai ver que gostará". Aproximou-se de copo na mão, bem em frente ao seu rosto.

Joana estava em pânico, queria sair dali, mas não conseguia mexer as pálpebras sequer. Ele levou o copo aos lábios, lentamente, sem desviar o olhar... -Meu Deus, aquele olhar!- e sorveu um gole do Martini dela! Joana deu por si a abrir a boca... sentiu-se corar. -"Quer provar? Está perfeito!". Não conseguiu sequer falar, apenas acenou com a cabeça, e estendeu a mão.

-"Espere...".

Viu-o sorver mais um gole... pousar o copo... segurar o rosto dela com ambas as maos...
Joana provou Martini Bianco com um leve toque de gin nos lábios dele. 

Soube bem.

Soube tão bem, que abriu os braços para aquele corpo que ali estava. Segurou as costas dele com a vontade de beber tudo o que aquela boca tinha para lhe dar. Envolveu-lhe o pescoço como um cálice... Ele afastou o rosto -"Espera! não pode ser". Ela sentiu o mundo desabar! Não agora que tinha provado Martini Bianco com um leve toque de gin! Queria mais, muito mais! -"Não quero que o Martini seja a desculpa. Água. Beberemos água. No copo e no corpo". Pegou numa pequena garrafa de meio litro, apertou o lábio inferior dela deixando a água encher sua boca... beijou-a, sugando tudo o que havia para beber ou chupar.
Sentiu o peso dele enquanto caíam no sofá... mas a urgência com que ele a despia nem sequer lhe deixava espaço para pensar no que quer que fosse.

Sentia-se flutuar até sentir a água gelada cair no seu mamilo, logo seguida da boca dele, ávida de sua pele. Arqueou instintivamente... libertou o gemido. Viu-o sorrir enquanto ele seguia os rios de água pelo seu peito... ventre... estava arrepiadíssima! Ele pegou-lhe mão, fazendo-a deslizar pelos encharcados seios... para depois lamber a palma. Joana puxou-o de volta para seus mamilos erectos e sedentos do seu beijo. Sentiu-o descer, sua língua afundar no umbigo pleno de água... as mãos molhadas que afastavam suas coxas... Gritou quando a água encharcou a transparente renda da calcinha.

-Shh! Shh! Shhh! Calma... - enquanto beijava e sugava as gotas na face interna das coxas dela, naquele misto de água gelada e lábios quentes. Se o mundo parasse, Joana não daria conta, quanto mais perceber que estava apenas vestida de excitação e a boca daquele homem maduro que bebia as gotas restantes do seu sexo encharcado.


Ele levantou-se... deitou água no seu rosto, peito.. e precipitou-se em cima dela, deslizando na sua pele. Era bom... era muito bom sentir aquele contraste térmico e o peso dele sobre ela. Libertou o beijo, mordeu-lhe o lábio... abraçou-o fortemente. Queria-o dentro, bem dentro dela.
Não demorou até senti-lo, duro, deslizar no seu sexo encharcado por dentro e por fora. Mexia-se devagar, mas forte... arrancando-lhe o gemido e o ar a cada penetração. Joana arranhava-lhe as costas, mordia-lhe os ombros... enlaçava-o com suas longas pernas... fazia tudo para o manter colado. Mas ele levantou-se...

Pega na garrafa... afasta-lhe as pernas... e enquanto a penetra muito len-ta-men-te, deixa a água fria cair no seu sexo duro, arrepiando-a por dentro e por fora. Cravou os dedos nas almofadas do sofá, sentindo-as rasgar, ao mesmo tempo que empurrava-se contra ele. Não conseguiu parar o tornado que crescia debaixo da sua pele... gritou tão alto e longamente, que sentiu a garganta arranhar. Joana pensou que seu coração não aguentaria... sentia-se desfalecer... teve medo de morrer ali, num sofá encharcado.

Mas nem morreu... nem ele parou.
E ainda havia muita água na garrafa.

Felizmente. - in As Longas Noites do Amanhã





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