Aqui o Inquilino tem recebido "reclamações" que o Piano não se tem feito escutar, que é só musica pop, que uma sala do piano sem musicas de piano é uma fraude... Enfim, uns mal-habituadões, é o que vocês são :)
Epá, até têm alguma razão, mas fazerem queixinhas ao Senhorio?! Vá, já são suficientemente grandinhos para isso.... Mas prontos, até calha bem!
Nós aqui no sótão gostamos do martelar do Piano. Muito. O Senhorio é reservado, esconde sorrisos e lágrimas, mas eu sei que os tem, já presenciei ambos. Ali, naquele sofá, repleto de anos de uso e cheio de memórias, já sorrimos e destilámos dores, sempre ao som de um piano qualquer. Porque o Piano é algo que nos toca, que nos desperta e ao mesmo tempo nos embala em cada tecla acariciada...
E de repente surgem inumeros temas de piano, para os mais variados gostos e estado de espirito. Estaria aqui 1001 dias e suas respectivas noites a contar vidas musicais diferentes... Mas assim de repente, são estes os temas que o Piano liberta. Os dias do futuro trarão mais vida, certamente. Fiquemos hoje pelas histórias que o Piano nos quer contar.
Sim, eu sei que o fulano tem maus hábitos comportamentais, que tem o duvidoso gosto de engolir e introduzir carne viva em certos e determinados orificios próprios... mas que raio, metam-se na vossa vidinha! O que ele faz é lá com ele! Desde que não me apareça aqui em pele e buracos no Sótão, por mim tudo bem. Até porque do distinto senhor só me interessa a música que faz e os sentimentos que ela alimenta.
Este tema é uma versão de outro grande músico, o Elton Jonh, também igualmente devorador de minhocas vivas, mas que nesta versão, fica mais potente, ganha profundidade e intensidade. Os picos vocais do Miguelito, alternados com a tortura do piano, são fabulosos e conferem corpo à musica e exprimem bem o cansaço das discussões fúteis que nada resolvem, dos conflitos constantes e do desgaste que provocam, a desistência de esgrimir argumentos.
Não que o silêncio, o fechar das luzes, o cerrar das cortinas, vá fazer desaparecer os escolhos... não. eles estão lá... como cicatrizes, mas cujo prolongar do conflito apenas poderá abrir feridas antigas. E então deixa-se o outro lado esgotar seus argumentos no vazio. Porque simplesmente já não existem forças para tentar mudar o que quer que seja. Coexiste-se até se tornar insuportável.
A primeira vez que este Inquilino contribuinte escutou isto, foi num email que o Senhorio me enviou. Vai para 5 anos e acho até que já falámos sobre isso na sala principal do Sótão. Mais recentemente existiu um filme -Amelie Poulain- com isto, e até uma telenovela cheia de baba e ranho, daquelas que as pesoas personificam depois da janta, e se apercebem da vida vazia que levam. Ou talvez não.
É uma melodia que começa devagar, como se nos acariciasse... suavemente... e começasse a entrar pelos orificios, em crescendo, até nos encher e tomar conta do nosso corpo. Vibramos a cada nota, somos teclas do piano, o piano em si, e somos levados pela musica, até lentamente, ela nos abandonar. Não há lugar para pensamentos, apenas sentimos... somos a música, e de repente, ela abandona-nos, deixando apenas o tom final. E apetece logo, logo repetir outra vez. Aqui o Inquilino ingere sempre doses elevadas desta substancia.
Claro, não podia deixar de partilhar esta preciosidade. Os mais puristas vão dizer que se estragou uma obra prima... que mal se houve o piano... que até o violino é eléctrico... e até que a fulana está com olhares lascivos enquanto toca ... Senhores, helloooo!!! Música é muito mais que técnica de execução artistica, é sentimento também. E nisto, garantidamente, não dá como ficar indiferente.
A versão original é Luz Aeterna (Luz Eterna, Repouso Eterno, escolham vocês), na versão de Clint Mansell, senhor que é uma autêntica fonte de bandas sonoras tremendas e poderosas. Mas aqui para o tipo que se senta no sofá em frente do piano e põe- se à escuta de orelhas e peito aberto, esta versão vai muito mais além do original... O ranger do violino intensifica-se. O grito dos guerreiros, o clamor de mil batalhas, a pele perfurada e cortada, as emoções estilhaçadas, as vidas que se perdem, as relações que se fragmentam... tudo isto chora do violino. Com o piano de fundo, testemunha da caminhada, sempre em frente, sempre em direcção ao destino final, mas libertador. Porque só na morte o guerreiro encontra sua paz. O conflicto seduz, a morte liberta. Não é por acaso que o tema original é das bandas sonoras mais adaptadas e utilizadas para teasers e trailers épicos.
Mas como a música nos toca a todos de maneiras diferentes, façam a vossa escolha. Quanto a mim esta versão enche-me as medidas.
Estejam à vontade, sabem onde está o frigorifico, sentem-se onde quiserem... eu vou carregar mais uma vez no Play. Ou duas.
Epá, até têm alguma razão, mas fazerem queixinhas ao Senhorio?! Vá, já são suficientemente grandinhos para isso.... Mas prontos, até calha bem!
Nós aqui no sótão gostamos do martelar do Piano. Muito. O Senhorio é reservado, esconde sorrisos e lágrimas, mas eu sei que os tem, já presenciei ambos. Ali, naquele sofá, repleto de anos de uso e cheio de memórias, já sorrimos e destilámos dores, sempre ao som de um piano qualquer. Porque o Piano é algo que nos toca, que nos desperta e ao mesmo tempo nos embala em cada tecla acariciada...
E de repente surgem inumeros temas de piano, para os mais variados gostos e estado de espirito. Estaria aqui 1001 dias e suas respectivas noites a contar vidas musicais diferentes... Mas assim de repente, são estes os temas que o Piano liberta. Os dias do futuro trarão mais vida, certamente. Fiquemos hoje pelas histórias que o Piano nos quer contar.
Sim, eu sei que o fulano tem maus hábitos comportamentais, que tem o duvidoso gosto de engolir e introduzir carne viva em certos e determinados orificios próprios... mas que raio, metam-se na vossa vidinha! O que ele faz é lá com ele! Desde que não me apareça aqui em pele e buracos no Sótão, por mim tudo bem. Até porque do distinto senhor só me interessa a música que faz e os sentimentos que ela alimenta.
Este tema é uma versão de outro grande músico, o Elton Jonh, também igualmente devorador de minhocas vivas, mas que nesta versão, fica mais potente, ganha profundidade e intensidade. Os picos vocais do Miguelito, alternados com a tortura do piano, são fabulosos e conferem corpo à musica e exprimem bem o cansaço das discussões fúteis que nada resolvem, dos conflitos constantes e do desgaste que provocam, a desistência de esgrimir argumentos.
Não que o silêncio, o fechar das luzes, o cerrar das cortinas, vá fazer desaparecer os escolhos... não. eles estão lá... como cicatrizes, mas cujo prolongar do conflito apenas poderá abrir feridas antigas. E então deixa-se o outro lado esgotar seus argumentos no vazio. Porque simplesmente já não existem forças para tentar mudar o que quer que seja. Coexiste-se até se tornar insuportável.
A primeira vez que este Inquilino contribuinte escutou isto, foi num email que o Senhorio me enviou. Vai para 5 anos e acho até que já falámos sobre isso na sala principal do Sótão. Mais recentemente existiu um filme -Amelie Poulain- com isto, e até uma telenovela cheia de baba e ranho, daquelas que as pesoas personificam depois da janta, e se apercebem da vida vazia que levam. Ou talvez não.
É uma melodia que começa devagar, como se nos acariciasse... suavemente... e começasse a entrar pelos orificios, em crescendo, até nos encher e tomar conta do nosso corpo. Vibramos a cada nota, somos teclas do piano, o piano em si, e somos levados pela musica, até lentamente, ela nos abandonar. Não há lugar para pensamentos, apenas sentimos... somos a música, e de repente, ela abandona-nos, deixando apenas o tom final. E apetece logo, logo repetir outra vez. Aqui o Inquilino ingere sempre doses elevadas desta substancia.
Claro, não podia deixar de partilhar esta preciosidade. Os mais puristas vão dizer que se estragou uma obra prima... que mal se houve o piano... que até o violino é eléctrico... e até que a fulana está com olhares lascivos enquanto toca ... Senhores, helloooo!!! Música é muito mais que técnica de execução artistica, é sentimento também. E nisto, garantidamente, não dá como ficar indiferente.
A versão original é Luz Aeterna (Luz Eterna, Repouso Eterno, escolham vocês), na versão de Clint Mansell, senhor que é uma autêntica fonte de bandas sonoras tremendas e poderosas. Mas aqui para o tipo que se senta no sofá em frente do piano e põe- se à escuta de orelhas e peito aberto, esta versão vai muito mais além do original... O ranger do violino intensifica-se. O grito dos guerreiros, o clamor de mil batalhas, a pele perfurada e cortada, as emoções estilhaçadas, as vidas que se perdem, as relações que se fragmentam... tudo isto chora do violino. Com o piano de fundo, testemunha da caminhada, sempre em frente, sempre em direcção ao destino final, mas libertador. Porque só na morte o guerreiro encontra sua paz. O conflicto seduz, a morte liberta. Não é por acaso que o tema original é das bandas sonoras mais adaptadas e utilizadas para teasers e trailers épicos.
Mas como a música nos toca a todos de maneiras diferentes, façam a vossa escolha. Quanto a mim esta versão enche-me as medidas.
Estejam à vontade, sabem onde está o frigorifico, sentem-se onde quiserem... eu vou carregar mais uma vez no Play. Ou duas.
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