A prenda
Quero-te...
Como uma prenda.
Olhar para a caixa, rodá-la nas minhas mãos, observar-te de todos os ângulos exteriores possíveis e imaginários...
Escolher por onde começar a desembrulhar...
uma ponta aqui...
outra ali..
Laço desfeito.
Botões despidos e despedidos da sua função, embrulho que cai, no caminho até à fogueira mais próxima.
Eis-me perante a caixa que contêm todos os teus segredos e sabores...
Abro?
Deixo intacta?
Ó dúvida tão cruel como fugaz!
Rasgo o que nos separa.
Sem protocolos sociais, costumes ou condicionalismos...
Quero-te.
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