Arenas dos Dias e outras Maçãs



Moldas o Tempo na tua mão.
Constróis os tempos de outro Tempo. Vivido ou por devir, na forma dos teus desejos e memórias.

Na forma...

Modelo.
No modelo, corriges tu. Porque forma... forma tem existência palpável e concreta.... forma tem massa e como qualquer corpo que possua massa, sofre a Lei da Atracção.
Mas tu não queres saber de Física Clássica ou Quântica. Saber porque acontece não te trará grande alívio e muito menos... massa.

Então o que fazes?

Juntas os minúsculos grãos de Tempo... adiciona-lhes Água, apertas, tentas dar consistência e forma... usas todas as ferramentas que achas apropriadas... e esperas.

Tens tudo para que dê certo.
O Pó dos tempos, a Água da Vida e o calor da tua mão modeladora como Energia primeira.

Mas falta algo... 


Tu sabes que mal o Vento e o Sol levem a Água, os últimos grãos de areia que adicionaste, aqueles mais superficiais, serão os primeiros a partir...
Falta pele protectora e envolvente no teu castelo de areia. Sem tinta, verniz ou reboco... sem pele, não conseguirás segurar, suportar as investidas do Vento, a sedução da Água e muito menos o Inferno Solar. Perderás massa. E sem massa, nada gravitará em redor. Pior que isso, nada ficará no lugar.

Mais que Lei de Newton, será uma questão de Tempo.

Se o conseguires curvar... se o conseguir replicar e girar em torno do teu castelo, terás Tempo.
Só precisas de mais areia que acrescente a massa necessária para curvar o Tempo.
Muita areia.

E pele. 

 
 
 


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