Supra Lunam



Que os predadores saiam,
E honrem suas presas!

 

Vestes rasgadas na ânsia da mordidela.
Pescoço que se oferece, colo que se colhe.
Banho de prata e saliva na pele
Alma que brilha
Uivos a solta, gemidos na noite.


Culpe-se a lua,
Penetre-se o corpo alheio
cravem-se unhas, dentes e flechas...
Em mares de lençóis revoltos, molhados e suados,
Até que o Sol venha...
E nos faça recolher. 

 



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