O odioso Pó das ondas
Os que me acompanham desde algum tempo sabem que adoro piano, que o mar acalma e reconstrói-me por dentro. Mas já lá vamos...
Este é mais um tema onde o lamento resignado e presente ecoa nas teclas do piano, envolvendo o monólogo libertador do paradoxo sentimental que a letra conta, só por si emocionalmente intensa, num timbre de voz melodiosamente suave, baixo, triste... conformado.
Findo o processo de luto, só resta aceitar as coisas como elas são. E tentar con(viver) com isso, naquela terra de ninguém, onde mar e terra se misturam, onde nada é definido e tudo é possível... desde que não se afaste em demasia no abrigo da floresta... desde que não se passe a ser apenas mais uma árvore, anónima e conformada em morrer de pé, mas sozinha no meio de tantas, longe das carícias da maré que ora vem, ora vai... mas verdadeiramente nunca fica.
Mas o mar...
O mar é imenso e magnético.
Dizem que do pó viemos e ao pó retornaremos... Talvez seja uma verdade mais que divina, Universal.
Só que a água...
Água é movimento, mudança, adaptação, metamorfose...
Água é vida.
Onde há vida, existe emoção. Com todas as irracionalidades que isso provoca.
Sinto, logo existo.
E se existo, preciso ver o mar.
"Always missing people
that I shouldn't be missing
Sometimes you gotta burn some bridges
just create some distance
I know that I control my thoughts
and I should stop reminiscing
But I learned from my dad
that it's good to have feelings"
Sometimes you gotta burn some bridges
just create some distance
I know that I control my thoughts
and I should stop reminiscing
But I learned from my dad
that it's good to have feelings"
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