Banho de prata e saliva na pele em noite de luar


Desejo reflectido, jogo de sombras, mãos que exploram vales e cumes.  
Gemidos de lobos famintos por bocas e carne.... Carne suada, transpirada, penetrada e provada...
Filhos da lua cheia de desejo, sede e toque.


Bebe-se do rio que brota das entranhas. Explora-se o vale das emoções, sente-se o pulsar das montanhas. Subir, sempre a subir...centimetro a centimettro, em caminhos de fogo desenhados a saliva... atinge-se o cume, mas não o climax. Saboreia-se a bandeira exposta e erecta...prova de posse incompleta... e desce-se... rumo ao vale perdido... com a lua por testemunha.
Banhos no lago secreto, águas quentes, lava do vulcão que lentamente desperta. Mergulho. de cabeça e com cabeça. uivo da fêmea , gemido do macho, lobos à solta.

Predadores, arrancando pele entre unhas, cabelos entre dedos, labios trincados, chupados, beijados... Dança da lua, aquela imortal, desde o principio dos tempos... desde o principio da lua... corpos lunares, estrelas em aproximação... Supernova em combustão...

Cinzas... cinzentas... Da cor da lua. até que o sol os expulse, até que a luz os descubra.

E espera-se. As luas que forem precisas.  

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