As longas noites do Amanhã



Fátima estava sentada na varanda.
 

Sózinha, perdida no turbilhão de emoções das ultimas horas. Percebia agora o porquê do cigarro nos momentos de ansiedade. Mas Fátima não era fumadora... e as mãos... as mãos procuravam rumos e certezas ausentes, no rosto e cabelo próprios. 
Apenas a suave brisa da madrugada lhe acariciava a pele nua e dava alguma tranquilidade. Ali, sentada, com aquela calcinha que tinha comprado para uma ocasião especial que nunca chegou a acontecer... pernas traçadas e apoiadas no varandim. Sabia tão bem aquela sensação de liberdade! 
Mas Fátima estava em tumulto... Como foi possível, como aconteceu assim tão depressa, tão... animalesco?! Questionava-se agora quem era... ou o que era... e como ficaria tudo no dia seguinte.

O dia seguinte... já faltavam tão poucas horas para o dia seguinte... para o acordar... para a realidade.
Um arrepio despertou seu corpo. “ Está frio! “ e instintivamente seu olhar procurou quem minutos antes lhe despertara o vulcão.
Ali estava ele, nú, deitado na sua cama, totalmente descontraído e adormecido. Fátima podia agora apreciar melhor o que a urgência do desejo não lhe permitira antes...
Corpo ligeiramente musculado, maduro, ligeiramente mais novo que ela... quase parecido com o seu marido.
Quase. Mas não era igual. E Fátima não sabia muito bem como lidar com isso.
Ainda sentia na pele o seu cheiro misturado com saliva, água, suor e sexo. Era tão diferente, tão... animalesco, que ate se culpou por gostar.
Ohhh... se gostooouuuu!!!! Nunca se sentira tão... excitada, tão preenchida, tão viva! Descobriu que existia outra Fátima nela... algures lá dentro da pele, escondida, à espera de quem lhe abrisse a porta. Nunca pensou que fosse possível ter tanto prazer nem daquelas maneiras... sentiu-se corar... tapou o rosto com as mãos, sentiu vergonha.
Aquela era a cama onde se deitava com o marido, onde concebeu 2 belos filhos, onde mais ninguém tinha estado.

Fátima casou cedo. Filha de pais abastados, conheceu o futuro marido na secundária. Amor primeiro e único, com capitulo seguinte na faculdade. Talvez tivesse escolhido outro curso... mas afastar-se-ia dele, e isso era impensável. Era o homem da sua vida. Belo, bem formado, promessa de futuro assegurado para si e para os que certamente nasceriam mais tarde.
Fátima teve o seu céu por 2 décadas. Viu crescer seus 2 filhos, agora ausentes em universidades estrangeiras e procurando outros colos que não o materno.
O marido, quadro superior numa multinacional, passava cada vez mais tempo fora. Culpava-se a crise, a incompetência alheia... a carreira que não podia ficar parada.
Fátima ficava cada vez mais imóvel na sua solidão. Eva perdida no seu jardim, sem Adão nem Macieira. Não que o seu trabalho não a ocupasse... nada disso, sentia-se preenchida e realizada como professora. Mas findo o trabalho, as preparações e correcções, Fátima ficava entregue a si própria.

Os 40 eram já marca passada e ultrapassada em alguns anos... mas sentia-se com energia. Estranhamente com mais energia e foco que antes. Sentia que era um desperdício, que valia muito mais... e sobretudo, precisava sentir que dava tudo o que tinha para dar. A rotina... a rotina é uma suave e lenta entropia que nos consome. Não, Fátima ainda não sentia que era tempo de deixar correr o tempo. Tinha muito mais para dar.
Testou seus limites físicos em ginásios, procurou a Luz e Sabedoria Ancestrais, flexibilizou alma e corpo em ioga e outras dimensões esotéricas...
Sim... sentia-se bem fisicamente. E ocupar o tempo disponível limita a natural fuga dos pensamentos. Mas ninguém consegue fugir de si mesmo. Não se desliga a cabeça, por mais que se tente condicionar canais e fechar outros... não dá, há sempre um estímulo, um desvio, um olhar...
Foi um olhar, um simples olhar que pôs aquele homem naquela cama.

- "Conhece-me de algum lado?”, perguntou-lhe ele. Ela ficou sem reacção, desconfiada que até a boca se abriu... mas as palavras ficaram na garganta. Ele sorriu, pegou num guardanapo, limpou-lhe o café dos lábios, e afastou-se, acenando ligeiramente, antes de desaparecer na multidão do centro comercial.
A custo recuperou o auto-domínio. “Caramba, que atrevimento!”. Sim, tinha ficado presa naquele rosto com barba de 2 dias, olhar felino e penetrante, magnético... Desviou o olhar quando ele se apercebeu e sorriu para ela. Sentiu o rubor do rosto... era adolescente outra vez. Havia algo naquele olhar que a prendia... não sabia explicar o quê, mas definitivamente estava refém daquele sorriso. Depois de atender o telemóvel, deixou de o ver... procurou-o no resto das mesas... até estremecer com a pergunta.
Passaram-se dias até que ganhasse coragem de regressar aquela pastelaria. A ferver por dentro, refugiou-se num canto, procurando discretamente aquele rosto, aquele olhar penetrante.

“Ali!”. Prendeu o grito, mas não consegui disfarçar o sorriso. Ele sorriu também, levantando 1 dedo junto ao olho esquerdo, acenando na sua direcção, como se quisesse dizer-lhe que estava de olho nela. Corou, mais uma vez. “ Mas o que estou eu aqui a fazer?! Não é justo, não é correcto, nem merecido!” Racionalmente, preparava-se para fugir dali, quando sentiu um toque no ombro que a paralisou. Sentiu o ombro a escaldar... pareceu uma eternidade... mas virou-se.
“Ola! Jorge. Chamo-me Jorge. Vou estar fora daqui durante um par de semanas, mas gostaria de falar consigo. Este é o meu número. Fico a espera que me ligue.” E desapareceu, sem sequer dar tempo para ela o repelir educadamente, como uma mulher decente sabe fazer.
Olhou para o guardanapo dobrado na mesa... Amassou-o, abandonando-o no pires do café. Levantou-se e saiu.
Imediatamente regressou, com a secreta esperança que a funcionária já o tivesse levado para o lixo. Seria tão bom, tão libertador, tão conveniente... mas ali estava ele... à sua espera. Sorriu para a empregada, apanhou-o e saiu.
Apontou na agenda apenas o número. Jurou que nunca ligaria, que ficaria apenas por curiosidade...

Durou apenas o tempo de chegar ao retiro solitário de sua casa. Caminhava enquanto se descalçava, despindo a roupa formal enquanto procurava a porcaria da agenda na imensidão da sua carteira. Estava nervosa, ansiosa... estranhamente desperta... Olhou para o número... telemóvel... os 5 toques de chamada pareceram-lhe terrivelmente eternos... pensou em desligar, inventar uma desculpa... mas simplesmente não conseguiu descolar o ouvido do telemóvel.
-”Estou?” - ela não conseguiu dizer nada. 2, 3 segundos de silêncio... até do outro lado ouvir aquela voz arrepiar todos os seus poros: - “sei que é você. Obrigado pelo telefonema. Infelizmente não é a melhor altura para conversarmos. Seu número esta anónimo, pelo que terá que me ligar depois das 20h. Jorge, meu nome é Jorge, caso tenha esquecido. O seu?”
Trincou o lábio... sentia cada batida do coração na garganta. “Fátima”, balbuciou a custo. -“Fátima, como a princesa árabe”. Ouviu uma sincera gargalhada do outro lado, que a fez sentir mais descontraída.
-”Então, princesa Fátima, espero por si às 8h. in sha Allah”. E desligou.
Fátima ficou alguns segundos imóvel, como se a voz dele ainda ecoasse no telemóvel. Literalmente abanou a cabeça, olhou para o espelho, tentando ver o reflexo de alguém que não fosse ela... Mas ali estava, imóvel, telemóvel nas mãos, mãos entre pernas, olhar perdido. A imagem era estática... o espelho não conseguia reflectir o turbilhão de pensamentos que lhe percorria a cabeça.
Seu marido só regressaria no final da semana...

“Porque não? Sempre passo melhor as horas. Não virá mal nenhum ao mundo se falar um pouco com o Misterioso Jorge. Terminarei tudo quando achar que passa os limites. Afinal de contas ele nem sabe o meu número, onde moro ou o que faço”.

Fátima ligou 2 minutos antes das 8h. Simplesmente não conseguiu esperar mais. -“Jorge, é a Fátima. Pediu-me para ligar...”
-”Boa noite, princesa! Olhe, já jantou? Eu estou a terminar, mas fazemos o seguinte... conhece aquele café do parque? Sim?! Está uma bela noite de verão, e que tal se eu lhe oferecesse um daqueles gelados que eles fazem lá? Diga que sim. Encontramo-nos lá às 9h30. Até já!” - e desligou, não lhe dando sequer hipótese de recusar.
Fátima disse alto e em bom som, para o espelho ouvir: “EU NÃO VOU!”.

Chegou 15 minutos atrasada.

Ali estava ele... ganga clara, camisa preta com mangas recolhidas até metade do antebraço, sentado, lendo uma revista. Fátima parou a meio do caminho... “Não, não posso. Não devo”, e preparava-se para sair dali.
-”Fátima!” - fingiu que não ouviu e continuou a caminhar. Sentiu que alguém se aproximou e pediu para que não fosse ele... “Fátima, julguei que não vinha, ainda bem que a encontrei! Ande, venha fazer-me companhia”. Sentiu a sua mãos nas costas... arqueou o peito, sentiu seus mamilos acusarem o toque...
-”Escolha-me um gelado. Tenho a certeza que gostarei”.
-”Café. 2 cones de café”, pediu ela, pensando: “és excitante como o café”. Ele foi falando, falando... tocando no seu braço ocasionalmente... mas Fátima não ouviu uma única palavra. Parecia que estava fora, ver aquilo tudo acontecer, como uma testemunha passiva... aqueles olhos, meu deus... via os lábios mexer, acenava com a cabeça, gesticulava... sorria... mas não estava lá. Apenas e só vidrada no rosto e nas mãos fluentes e quentes do Misterioso Jorge. Era um belo homem! Deu por si a imaginá-lo nú... abanou a cabeça e despertou. Sorriu para ele, ao mesmo tempo que tentava perceber porque razão estava debruçada sobre a mesa na sua direcção.

- “Tenho uma surpresa para si. Vou pagar e sair... ligue-me daqui a 3 minutos”. Levantou, deslizando a mão pelo seu braço, ombro, rosto... sorrindo... até desaparecer no caminho. Ficou pasmada! Nunca, mas mesmo nunca se tinha sentido assim tão... aventureira, negligente... excitada! Contou os segundos... -”Está a ver aquele cedro grande junto ao candeeiro fundido, no caminho que leva ao parque infantil? Sim? Venha cá ter”.
Fátima voou até lá... escuro. Sentiu medo em aventurar-se em plena noite na parte escura do parque. Um braço a puxou... encostou-a ao cedro, enquanto sentiu uma mão tapar sua boca. “Sou eu, não se assuste... não queremos chamar a atenção das crianças do parque”. Libertou-a... ela viu o brilho do desejo nos olhos dele... sentiu seus braços segurar seu rosto... aproximando os lábios... muito lentamente, como um predador que não tem pressa, que sabe que a sua presa não vai, não quer... fugir.
Fátima tremia... sabia que o beijo estava eminente. A razão gritava-lhe para soltar o estalo e sair dali. Mas a razão não tinha razões suficientes para sair. E deu por si a puxá-lo ainda mais. Seu peito forte pressionava o seu contra a árvore... suas mãos percorriam o rosto, o pescoço... a cintura, as coxas...
Lábios mordidos, sugados, beijados, saboreados. E um calor, meu deus! Nunca tinha sentido algo assim tão... intenso, tão urgente. E tão perigoso!
Suas mãos percorriam suas curvas por cima da roupa... como tentassem descobrir e memorizar todas as suas formas... Fátima já nem sentia os pés... as costas... nada! Apenas aquelas mãos fortes, os lábios quentes, os dentes no pescoço... a língua... e o desejo dele, duro, roçando nas suas pernas. Era demais, tinha que por termo, travão, e outras coisas que a tirassem dali! Mas toda a sua resistência caiu por terra quando ele pegou nela em peso, a encostou e encaixou bem entre suas pernas. Sentiu toda a dureza do seu desejo bem junto ao seu sexo, palpitante... quente... encharcado. ..
Cravou os dedos no cabelo dele, sentiu seus lábios beijar a orelha, respiração ofegante, mãos quentes... tão quentes... 
De repente estava no chão, ele afastado, crianças que se corriam, vindas do parque. Fátima, não tinha escutado nada!!!
Sabem aquela sensação de saborear algo único, que estava a saber tão bem... e de repente cai no chão, e nos deixa terrivelmente frustados e fodidos da vida? É... Fátima estava assim. De tal modo que quando Jorge lhe disse: “vamos para um sitio mais abrigado. Vem!”, Fátima seguiu-o sem questionar. Apenas sabia que tinha que ir... seu corpo a obrigava.
- “Vamos para minha casa. Siga o meu carro. É aquele ali.”. Fátima ainda viu a razão pesar-lhe na consciência... mas aquela sensação foi tão forte, tão... poderosa... e seguiu-o. Viu onde ele estacionou... o prédio que apontou... mas não podia parar ali! Estava um casal amigo mesmo em frente, naquela esplanada! Não podia ser vista! Ligou-lhe: -”Jorge, desculpe, mas não posso. Está gente que me conhece na esplanada”.
- “vamos para um hotel”, sugeriu ele. Sem pensar, ela sugeriu: “Não, vamos para minha casa. Siga-me.”
Fátima não se reconhecia. Ia levar um estranho para casa! Tinha apenas um nome e um número. Bem, mais uma matricula... e um desejo ENORME...

Parou duas rua antes. Esperou que ele saísse do carro: “entra!”. E seguiram. A mão dele acariciava a face interna das suas coxas... quentes... o braço dividia seus seios duros de excitação. Demorou uma eternidade para o portão da garagem abrir... Saíram do carro, ele seguia-a colado a ela, beijando seu pescoço, mordendo sua nuca, enquanto ela tentava ter firmeza para abrir a porta interior. Ele encostou-a à parede, mordeu-lhe o lábio inferior, enquanto ambas as mãos puxaram a sua camisa, fazendo saltar os botões. Sentiu seus dentes descerem pela linha da garganta... lábios quentes molhados... beijando o vale entre seus seios... mãos libertadoras do soutien castrador... beijo carregado de desejo mergulhado e molhado nos cumes erectos. Fátima soltou o primeiro gemido em meses.
Pegou nela, procurou um quarto... “ali”, disse ela. Depositou-a na cama, deitou-se em cima... percorrendo com a palma da mão seu rosto, peito, ventre... como se a quisesse ler com as mãos. Fátima arqueou o peito contra os lábios quentes quando ele chupou seus mamilos, brincou com eles entre dedos, saliva e lábios.
Desceu pelo ventre, olhando para ela... devagar... ela empurrava-o mais para baixo... ele sorria... sem pressa... saboreando cada pedacinho da sua barriga... Parou na calça de ganga... desapertou lentamente o botão enquanto olhava para ela, rosto distorcido pelo desejo... desceu o ziper com os dentes, fez as calças voarem para o chão.

Fátima não acreditava. Pela primeira vez olhava para aquele espelho lateral com olhos de desejo. Viu-o subir, beijo a beijo, pela sua perna... devagar, com a língua molhada... sentiu a caricia dos seus dedos na curva interna do joelho... Instintivamente abriu mais as pernas... para receber sua cabeça... sua boca... seus lábios...
Ele beijava, mordia levemente, cada circulo que os dedos tinham desenhado anteriormente... sempre a subir... ate encontrar a barreira de renda preta.
Fátima gemeu alto e agarrou-lhe os cabelos quando Jorge a beijou por cima do fino tecido. Sentiu o calor da sua saliva misturar-se com a humidade do seu desejo... tremeu quando ele afastou o elástico para mergulhar sua língua nela. Pensou que que não aguentaria... mas ele não parou... saboreou seu sexo com requintes de tortura, tal o prazer que lhe provocava...
Ele pegou na sua mão, chupou-lhe os dedos... colocou-os dentro da calcinha... para que os pudesse beijar, incentivar e misturar... Fátima não aguentou e explodiu no momento. Pensou que iria desmaiar...
Jorge levantou-se, deixando-a recuperar o fôlego. Pegou na mão dela, colocou-na sua camisa. Ela desabotoou, sentindo aquele peito duro... ele fez com que desapertasse as calças... sentiu na mão o quanto excitado ele estava... Instintivamente, acariciou... nunca o tinha feito, nunca tinha sentido a masculinidade assim, na mão, ao alcance dos olhos... e da boca.
Jorge incentivou-a com um gemido e uma caricia no rosto, o que a fez sentir bem por conseguir dar-lhe prazer.
-”espera”, disse ele. Beijou-a. Tirou uma fronha da almofada e improvisou uma venda. -”os olhos são mais cegos que a imaginação. Vais apenas sentir...”. Vendou-a. Ela deixou de o sentir... sabia que ele estava perto... mas não do toque.

Sentiu água a cair no peito. Lábios chupando, bebendo cada gotinha de sua pele... beijou-a enquanto deitava água nos seus rostos... peitos colados, molhados... cravou-lhe as unhas nos ombros, abriu as pernas e puxou-o para si.
-”Ainda não...”, e ele desceu mais uma vez... tirou-lhe a calcinha... e penetrou-a.

Fátima gritou alto. Pediu desculpa! Nunca tinha gritado... quando muito, hiperventilava e gemia um pouco... mas nunca tinha sentido algo ao ponto de gritar... Ele riu e descansou-a: -”sente, e solta-te”.
Não o conseguia ver... mas sentia a glande roçar nas suas paredes.... entrando e saindo totalmente... as mãos no rosto, lábios mordidos, seios acariciados... e um calor...

Jorge deitou um pouco de água gelada no sexo dele... penetrou-a. Aquilo era frioooooo... mas tãooo excitantee... que não foi preciso esperar muito para sentir o corpo tremer mais uma vez, e sugar o sexo duro dele bem dentro dela. Soltou o gemido... gutural, intenso e profundo.
Mas Jorge ainda não estava satisfeito... pegou nela, pôs-lhe as mãos na cómoda em frente ao espelho, retirou-lhe a venda, afastou as nádegas... segurou seu rosto com ambas as mãos... e penetrou-a. Fundo.


 

Fátima via-os no espelho... encharcados, rostos desfigurados pelo prazer... mãos dele nas ancas... seios... ombros... pescoço... puxando-a contra ele cada vez que a penetrava...
Sentiu que ele não aguentava mais... sua respiração estava mais ofegante, seus movimentos mais rápidos... e quando ele lhe mordeu a nuca, Fátima sentiu o gemido no ouvido e o prazer dele escorrer dentro dela... quente... sorriu para o espelho... vendo aqueles rostos suados, com os cabelos dela colados...
Caíram na cama... Ele brincava com os seus cabelos, soprava em seus dedos... adormeceram.

É... e ali estavam... Ela na varanda, ele dormindo calmamente naquela cama encharcada. Amanhã teria muito que arrumar. Amanhã...
Amanhã era já daqui a pouco. E Fátima sabia que amanhã não poderia repetir o ontem de hoje.
Ou talvez sim... Amanhã via-se...

Mas agora...
Agora ainda era noite... e estava a ficar frio.

Deitou-se a seu lado, coladinha a ele.

“Pode ser que ele acorde antes que o amanhã chegue...”
In sha Allah!


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